0 – Introito
Quero escrever um pouco sobre qualquer coisa. Nisso,
inclui-se a vida, a dúvida existencial perene, a dúvida racional, a metonímia
do amor, e tantas outras coisas que posso a vir pensar. Respiro, amo e vivo.
Talvez tais palavras definem bem minha existência, ou talvez minha essência;
quem sabe...?
1 - Sobre o saber: a vida e a dúvida
1 - Sobre o saber: a vida e a dúvida
O que é a dúvida de que falo? Todas. As nossas perguntas que
não podem ser respondidas pragmaticamente, que não podem ser testadas e
medidas, mas que nem por isso são menos importes, como diriam os materialistas.
O que é amor/amar/gostar/apaixonar? O que é viver/morrer/existir/pensar? A
biologia traz as respostas, mas incompletas e pretensiosas. A "voz da
competência" impõe-se à saudável reflexão autônoma, ao filosofar embriagado.
Então somos impelidos a engolir as reações da paixão ou as sinapses do existir.
Porém tenho certeza que a maioria de nós rejeita esse discurso competente. Na
verdade, não queremos as respostas, queremos o prazer de procurá-las no vazio,
para nunca encontrar nem sua sombra. É tal prazer sinistro nasce quando
nascemos. Perdoando-me pelo temível trocadilho. Nesse sentido, o amor
aproxima-se de forma decisiva do saber, do racionar, talvez formando uma única
entidade. O Logos. Nessa dualidade amor-razão surge o ser, que vive para amar e
ama ao pensar. Assim como Einstein mostrou que espaço e tempo são na verdade um
só aspecto do universo, o continuum, amor e razão são uma só parte da
experiência da vida infinda, o Logos. Não há pensar sem o amar, não há amar sem
refletir. Daí a poesia, daí as artes, daí a religião, daí a filosofia. Não há
homem que não ame, não há que não pergunte.
2 - A matemática metafísica ou existencial
2 - A matemática metafísica ou existencial
Diz-se que a matemática seria a rainha das ciências,
expressão perfeita da própria ordem que supostamente encontramos no universo e,
a fundo, em nossa relação com a razão em seu estado 'logos'. Não estão de todo
errados. De fato, a obsessão do pitagorismo, na fase primitiva da matemática,
pelas formas e números sempre racionais é doravante achada no racionalismo
naturalista vigente. Ampliando-se, claro, o conceito a outros conjuntos e a
teorias mais mirabolantes, abstratas. De certa maneira, o homem continua
iludido pelos números, buscando a máxima da simplicidade e matematicidade
perfeitas das leis universais.
2.1: Há indícios de que podemos tratar a mestra ferramenta de forma mais humana. Talvez com preceitos metafísicos ou como uma filosofia da existência, uma forma de buscar a perfeição.
2.2: Os limites de nossa compreensão, não tão evidentes, talvez existam até de forma maior no homem tecnológico e matemático.
3 - Bohr vs Neewton
Talvez o determinismo clássico não fosse necessariamente uma limitação da mecânica pre-quântica. Céticos afirmam ser seu maior triunfo e, em última instância, a chave do entendimento claro e são. Ou tais céticos não estão prontos para lidar com a limite do conhecimento pleno, para o qual não há derivação que imprima valor exato.
4 - A politização da ignorância competente
Por trás do discurso travestido em politizado há o ódio à reflexão. A competência técnica não substitui a visão macropolitica, nem mesmo ao politizar o egoísmo e roupa-lo como indignação patriótica.
4.1: Talvez os competentes não admitam a matemática metafísica. Por falta de humanização, interesse ou conhecimento?
5 - Das flutuações quânticas e das sociais
Ex nihilo, nihil fit. Não existe mais para o humanismo materialista. Agora diz-se ex nihilo, universi fit. Porém permanece a máxima competente para a mudança social: venit ex nihilo, nihil perit.
6 - A batata frita
Pudera uma ondulada batata frita ganhar vida e consciência, veria um mundo no mínimo esquisito. Porém ficaria aliviada ao saber que sua espécie vale bem mais que a nossa.
7 - Poeminha sobre a sanidade
Eis-me enroupado em escrúpulos
Tranquilamente Logrando o voar do corpo e da mente.
Eis-me Pacífico e sentado
Comodamente isolado.
Eis-me são e comportado
Repentinamente desprezado por mim mesmo, louco
2.1: Há indícios de que podemos tratar a mestra ferramenta de forma mais humana. Talvez com preceitos metafísicos ou como uma filosofia da existência, uma forma de buscar a perfeição.
2.2: Os limites de nossa compreensão, não tão evidentes, talvez existam até de forma maior no homem tecnológico e matemático.
3 - Bohr vs Neewton
Talvez o determinismo clássico não fosse necessariamente uma limitação da mecânica pre-quântica. Céticos afirmam ser seu maior triunfo e, em última instância, a chave do entendimento claro e são. Ou tais céticos não estão prontos para lidar com a limite do conhecimento pleno, para o qual não há derivação que imprima valor exato.
4 - A politização da ignorância competente
Por trás do discurso travestido em politizado há o ódio à reflexão. A competência técnica não substitui a visão macropolitica, nem mesmo ao politizar o egoísmo e roupa-lo como indignação patriótica.
4.1: Talvez os competentes não admitam a matemática metafísica. Por falta de humanização, interesse ou conhecimento?
5 - Das flutuações quânticas e das sociais
Ex nihilo, nihil fit. Não existe mais para o humanismo materialista. Agora diz-se ex nihilo, universi fit. Porém permanece a máxima competente para a mudança social: venit ex nihilo, nihil perit.
6 - A batata frita
Pudera uma ondulada batata frita ganhar vida e consciência, veria um mundo no mínimo esquisito. Porém ficaria aliviada ao saber que sua espécie vale bem mais que a nossa.
7 - Poeminha sobre a sanidade
Eis-me enroupado em escrúpulos
Tranquilamente Logrando o voar do corpo e da mente.
Eis-me Pacífico e sentado
Comodamente isolado.
Eis-me são e comportado
Repentinamente desprezado por mim mesmo, louco
8 - A farsa
O saber popular diz ter a mentira perna curta. Não esperavam
que ela fosse ser carregada nos ombros de gigantes.
9 – Do livre arbítrio
Nasce livre o homem, com grilões lhe imputados pelo
convívio. Não há de ser mais verdade quão falacioso é a negação do livre
arbítrio humano. Apesar das inúmeras limitações físicas e cognitivas, têm
consciência de seu estado, e o atenua através do amor, ou da razão. Assim a
liberdade passa a ser incondicional, já que pode ser definida como a superação,
compensação ou a própria percepção dos limites existentes.
10 – Filosofia do
vazio
A tentativa de filósofos, ou os que se dizem tal, em
destruir o bom senso é sempre vã. Por mais mirabolantes, longos e enfadonhos
que sejam seus tratados, falham em enxergar o que não querem: o macro e o
homem.
11 – Soma
O prazer tende a nos satisfazer. Exceto quando perpétuo. Que
compraz ter um prazer forjado e infindo? 11.1: É, porém, legítima a
escolha ‘hedonística’ individual. Considerar a razão suprema universalmente é
uma soberba a serviço das classes dominantes
competentes.